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Livro Impresso ISBN: 9788522520930 Edição: 1 Ano: 2018 Largura: 16.00 cm Comprimento: 23.00 cm Peso: 360 gramas Número de Páginas: 198
Trabalho escravo contemporâneo: tempo presente e usos do passado
"Morrer ou viver é a mesma coisa"; "este aí é o morre andando"; "vou morrer sem saber quem [me] matou"; "a mesma água que eles tomavam banho, eles bebiam"; "o futuro aqui é do patrão". Estas foram frases ditas por pessoas que vivenciaram e presenciaram condições de trabalho análogas à de escravo na Amazônia a partir do final do século XX. Fazem parte de eloquentes relatos concedidos às autoras deste livro para se referirem a um sem-número de privações, promessas não cumpridas, superexploração de trabalhadores em fazendas ("verdadeiras cidadelas armadas"), expropriação fraudulenta de pequenos proprietários e ocupações criminosas de terras indígenas, de comunidades ribeirinhas e de seringueiros em vastos territórios do Mato Grosso e do Pará. O livro é uma obra candente sobre uma característica persistente da formação social brasileira: a superexploração da força de trabalho e a consequente desigualdade social que dilacera o país.
Apresentação
Parte I
Trabalho análogo ao de escravo: “As palavras e as coisas”
1. A lei e os historiadores ou dando nomes aos fatos
1.1 O debate historiográfico: a categoria trabalho análogo ao de escravo
1.2 O Código Penal de 1940 e o trabalho análogo ao de escravo
1.3 A revisão do artigo 149 e a questão da liberdade do trabalhador submetido à escravização
2. A política, a lei e a produção de fatos sociais
2.1 Os trabalhadores escravos nos jornais: textos e contextos para um novo significado da escravidão no Brasil
2.2 De volta ao debate historiográfico: a força de uma tradição interpretativa
2.3 Os sertões revisitados: reconhecendo o trabalho análogo ao de escravo
2.4 O que fazer com o conceito de trabalho análogo ao de escravo?
3. Repressão e mudanças no trabalho análogo ao de escravo no Brasil
3.1 Do que estamos falando
3.2 Enxugando gelo...
3.3 Água mole em pedra dura...
Parte II
Cartografias e narrativas dos trabalhadores e trabalhadoras na Amazônia
4. Precariedade e vulnerabilidade dos trabalhadores na Amazônia: a violência como regra
4.1 Deslocamentos e relações de poder
4.2 Repensando a política: os trabalhadores pobres na Amazônia
4.3 Vidas precárias - violência e resistência
5. História, trabalho e política de colonização no Brasil contemporâneo: Amazônia
5.1 Colonização e poder: o discurso da “cidade do trabalho”
5.2 O “futuro aqui é do patrão”
5.3 A “estreiteza da terra”
5.4 A terra inacessível
6. Trabalho escravo contemporâneo na narrativa de uma líder sindical
6.1 O testemunho da representante dos trabalhadores rurais - STR Confresa
6.2 Breve passagem pelo tempo de aprendizagem
6.3 O Sindicato dos Trabalhadores Rurais - STR-Confresa: a mobilização pelos direitos dos trabalhadores e o trabalho escravo contemporâneo
Referências Bibliográficas
Agradecimentos
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