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Livro Impresso ISBN: 9788522517428 Edição: 1 Ano: 2018 Largura: 14.00 cm Comprimento: 21.00 cm Peso: 496 gramas Número de Páginas: 416
Homo historicus: reflexões sobre a história, os historiadores e as ciências sociais
Obra fundamental para quem se interessa, ensina ou pesquisa no domínio das ciências humanas e sociais, o livro Homo Historicus de Christophe Charle, traduzido e publicado pela Editora FGV em coedição com a Editora da UFRGS e apoio à publicação do Institut Français, propõe de modo constante a necessidade de uma cooperação interdisciplinar nas ciências humanas e sociais. Conhecido por seu trabalho sobre a sociedade no século XIX, Christophe Charle faz nesta obra uma reflexão geral crítica sobre a prática da história social e da história cultural e os elos entre esses dois ramos da disciplina, e vai muito além. No livro, Charle dedica-se a um percurso elucidativo de sua própria trajetória, enquanto pesquisador, colocando às claras um conjunto de determinantes do trabalho científico e suas condições de controle.
Introdução geral
PRIMEIRA PARTE – SAIR DOS LIMITES DO HOMO HISTORICUS?
1. Ser historiador na França: uma nova profissão?
Os historiadores: um novo grupo social?
Os “territórios” dos historiadores franceses
A lentidão das evoluções temáticas
“O efeito bicentenário?”
O desejo de história
Demanda política
A demanda do Estado
Renovação ou restauração?
2. O habitus escolástico e seus efeitos: as classificações literárias e históricas
Uma história fria
Gênese e eternização das classificações
O habitus escolástico do historiador
3. O campo universitário e os intelectuais: a contribuição transdisciplinar de Pierre Bourdieu
História, método histórico e sociologia dos intelectuais e do campo universitário
A comparação intraeuropeia
Campo intelectual e campo do poder
4. Sociologia e história: o desafio do teatro
Um objeto negligenciado pelas duas disciplinas
Por que o teatro?
Questões aos sociólogos
Um exemplo: o sucesso variável do naturalismo no teatro
SEGUNDA PARTE – MÉTODOS E PROBLEMAS
5. A prosopografia ou biografia coletiva: balanço e perspectivas
Marcos historiográficos
Contribuições e limites
Rumo à biografia coletiva comparada
Questões práticas
Um exemplo: os universitários
As armadilhas de um objeto aparentemente fácil
O distanciamento
Escolha das variáveis
Hipóteses e metodologia
6. Por um cruzamento dos métodos históricos e literários
Como a história pode contribuir com os estudos literários?
Como os estudos literários podem contribuir com a história (cultural)?
Um exemplo de cruzamento metodológico: o teatro
7. História social e história cultural: em busca de uma aproximação?
“História cultural do social”?
Olhares comparados
Novos temas, novos problemas
8. História e histórias: para além de nações, comparações e fronteiras
História nacional e história comparada
A guerra das etiquetas
Mal-estar na historiografia
Algumas propostas construtivas
9. Os modos de circulação e de internacionalização culturais na Europa (segunda metade do século XIX – primeira metade do século XX)
Problemas de método
Variações das hierarquias: mercados da arte e teatro
Circulação artística
Circulação teatral
Avanço ou recuo da internacionalização cultural?
Um exemplo de recuo da internacionalização: a ópera
A internacionalização das revistas científicas
Perspectivas e conclusões provisórias
TERCEIRA PARTE – HISTORIADORES ENGAJADOS DE ONTEM E DE HOJE, DA FRANÇA E DE OUTROS LUGARES
10. Ferdinand Brunot e a defesa dos modernos: língua e pátria
Mudar o liceu
Modernizar a ortografia
Defender o francês para defender a pátria
11. Charles Seignobos, historiador pacifista e europeu
Esconjurar a guerra (1897-1904)
Acreditar nas chances de paz, apesar de tudo (1904-1914)
Reconstruir a Europa (1915-1934)?
12. Eric Hobsbawm, perspectivas em descompasso
Origens de um engajamento
Descompassos
13. Hans-Ulrich Wehler, historiador da sociedade alemã
Uma vida de historiador
As grandes orientações de uma obra
Uma visão de conjunto da história da sociedade alemã
14. Victor Karady, historiador das sociedades imperiais
15 Stefan Collini, historiador dos intelectuais britânicos
Uma história de segundo grau
Comparações e tipologias
Conclusão em forma de diálogo: quais os combates do historiador de hoje?
Anexo – Primeiros signatários da petição de Les Amis du français et de la culture moderne (julho de 1911)
Referências