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Livro Impresso ISBN: 9788522509393 Edição: 1 Ano: 2012 Largura: 17.00 cm Comprimento: 23.00 cm Peso: 720 gramas Número de Páginas: 478
Correntes históricas na França: séculos XIX e XX
Partindo da experiência francesa, num contexto de fim da dominação do modelo dos Annales e afirmação de concepções que revalorizaram o lugar das identidades e dos atores sociais, o livro Correntes históricas na França traz um itinerário que se inicia com a Revolução Francesa e segue até a atualidade, resgatando diferentes momentos e orientações historiográficas.
A obra traz um rico elenco de questões e oferece ao leitor um interessante roteiro para a compreensão dos principais debates e desafios que se colocam para o lugar do historiador e a função social da história. Além da sugestiva seleção dos temas propostos, o leitor poderá encontrar um guia seguro para acompanhar a bibliografia atualizada das principais obras de debate historiográfico e teórico publicadas nas últimas décadas.
Introdução
Capítulo 1 | O nascimento da história contemporânea
Por que a história?
Entre “abismos” e “progressos”: uma nova visão da história
A invenção do arquivo
A invenção do patrimônio
Um princípio organizador do devir: o progresso
Um século na história
As incertezas da história
O que está em jogo na escrita da história
Qual história?
O processo da velha história: o programa da primeira parte do século XIX
Uma perspectiva renovada
A filosofia como recurso
Escrever a história da Revolução Francesa
O rearranjo da interpretação liberal
Interpretações democráticas
As fraturas de 1851
Capítulo 2 | O momento metódico
Introdução
Os questionamentos do modelo “romântico”
A afirmação do horizonte científico
No espelho da Alemanha
A mutação metódica da historiografia francesa
Uma conjuntura historiográfica e política
A Revue Historique: um editorial fundador
Definir uma profissão
Redes para a história
A codificação dos estudos históricos
A obra dos historiadores metódicos
A história como magistério cívico
A produção historiográfica
O modelo metódico contestado
O eco dos debates alemães
O surgimento da sociologia
A Revue de Synthèse Historique
Capítulo 3 | O momento da história-ciência social (da década de 1920 à década de 1940)
A história entre crise e renovação
“A história no mundo em ruínas” (Lucien Febvre)
Um ofício em crise?
O momento da década de 1920: uma renovação da história
Os Annales d’Histoire Économique et Sociale: uma revista de debates e de combate
Uma revista de duas cabeças e quatro mãos
Os Annales: história, análise do presente e ação
Os Annales: “uma espécie de pequena revolução intelectual”
A reconstrução de uma identidade disciplinar e de uma legitimidade científica
Uma história problematizadora e não automática
A história, um conhecimento por meio de rastros
A história como ciência social
A centralidade da história econômica e social
Representações coletivas, mentalidades e psicologia histórica
Uma rejeição da história política?
Capítulo 4 | A história social “à francesa” em seu apogeu: Labrousse/Braudel
A institucionalização das ciências sociais
Um crescimento planificado
Um New Deal das ciências sociais
Uma disciplina-farol: a demografia histórica
A construção do Império Braudel
Ventos novos
Braudel, o empresário
Predomínio da história econômica
Camille-Ernest Labrousse e sua escola
Simiand traduzido para os historiadores
O debate Labrousse versus Mousnier
Uma geração labroussiana
A longa duração e a pluralização do tempo
O desafio estruturalista
A defesa da identidade historiadora
A resposta de Braudel a Lévi-Strauss
O modelo: estrutura/conjuntura/evento
Vitalidade da história econômica
Crescimento, crises, rupturas: interpretações em debate
O desafio quantitativo: métodos controversos
Uma história das relações internacionais em busca de profundezas
Um renovador da velha história diplomática: Pierre Renouvin
As “forças profundas”
A história presentista e política
O envolvimento subjetivo do historiador
A incompletude da objetividade historiadora
A manutenção de uma história política sensível ao evento
A “sociabilidade” política
Materialismo histórico e história nova
As lições de Althusser
Uma história antiga renovada
O debate Vilar versus Althusser
Capítulo 5 | Expansão e fragmentação: a “nova história”
Uma “nova história”
A etnologia interior
Sob a mudança: o passado
O estruturalismo bem temperado dos historiadores
Da história às histórias: a fragmentação
O sol não mais se põe no território do historiador
A história das mantalidades
Do social ao mental
As mentalidades: uma noção estratégica
Um pioneiro
As mentalidades segundo Georges Duby
As mentalidades segundo Robert Mandrou
As mentalidades segundo Jacques Le Goff
As mentalidades segundo Philippe Ariès 284
Os jogos do mental e da ideologia segundo Michel Vovelle
Para acabar com a história das mentalidades
A antropologia histórica
A escola de antropologia histórica da Antiguidade grega
Quantificar o cultural
A promoção da civilização material
Cultura erudita/cultura popular
A história seriada
O luto pela história total
Construir séries
A embriaguez estatística
Da história da religião à antropologia do crer
O crer como componente do “fato social total”
O Grupo de la Bussière
Um francoatirador: Alphonse Dupront
Em busca da linguagem mística: Michel de Certeau
Os questionamentos do romance nacional
A sobrevivência da história à Lavisse
A descolonização abala o mito nacional
A ebulição de 1968
As roupas novas da Reforma Haby
Capítulo 6 | Uma crise da história? (as décadas de 1980/1990)
Do “retorno à narrativa” à “virada crítica”
Declínio dos Annales?
Redefinições da história social, renovações da história econômica: uma nova “sensibilidade teórica”
A radicalização das críticas contra os Annales e o lançamento da “virada crítica”
As renovações da história política
A “nova história política”: um projeto de história global?
A história do tempo presente
A história conceitual do político e a história social do político
A história sob o risco da memória e da identidade
A constituição de uma história da memória
O lugares de memória: do nacional ao patrimonial
A história ante os “passados que não querem passar”
A história no fim da década de 1990: o pluralismo interpretativo
Uma reflexão renovada sobre o enraizamento e a função social da história
Uma “era epistemológica” da historiografia francesa? (Pierre Nora)
Uma convergência historiográfica rumo à história cultural?
A galáxia central da história sociocultural
Conclusão
Bibliografia
Índice onomástico